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Machado, Eduardo Pinto
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Silva, Alan Camargo
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BACKGROUND: Sudden death is characterized by a sudden cardiac arrest that leads the individual to death, generally, when reaching high levels of physical effort. In athletes of all ages, including football players, an increase in the number of cases has been noted, even in the face of medical-technological investment in preventive strategies. This essay does not disregard the biological implications of sudden death, but aims to investigate it from the perspective of Human and Social Sciences, more precisely from the theoretical-methodological perspectives of Michel Foucault and Nikolas Rose. Thus, the objective was to analyze how specifically the sudden death of football player Christian Eriksen can reveal questions about the different health and risk rationalities present in body practices and sports.DEVELOPMENT: The theoretical approach was based on (post-) Foucauldian theorizations about control and management of bodies to reflect on living and dying, mainly on the interconnections between spectacle and biopolitics and on the control carried out by artificial and technological devices. This theoretical perspective on sudden death through biopolitics assumes significant importance for Physical Education, as it is understood that the regulation of bodies in movement cannot be limited to the logic of biomedical rationality, incorporating other discursive sensibilities about exercise practices and health.CONCLUSION: In conclusion, it was captured how the notions of life-death and medical-technological mechanisms are regulated and managed in favor of a high-performance athlete who, at all times, becomes self-controlled under truths that modulate the biological in the context of body practices and sports. The analytical power of this essay takes reflections beyond the mere consideration of the “finitude of life” by examining how structures of power, control and discourses shape understandings of death and multiple care practices in different social spaces.
INTRODUÇÃO: A morte súbita caracteriza-se por uma parada cardiorrespiratória repentina que leva o praticante a óbito, em geral, quando alcança níveis altos de esforço físico. Em atletas de todas as idades, inclusive no futebol, nota-se um aumento do número de casos, mesmo diante de um investimento médico-tecnológico em estratégias preventivas. Este ensaio não desconsidera as implicações biológicas da morte súbita, mas visa investigá-la pela ótica das Ciências Humanas e Sociais, mais precisamente pelas perspectivas teórico-metodológicas de Michel Foucault e Nikolas Rose. Assim, objetivou-se analisar como especificamente a morte súbita do jogador de futebol Christian Eriksen pode revelar questões sobre as diferentes racionalidades de saúde e risco presentes nas práticas corporais e esportivas.DESENVOLVIMENTO: O encaminhamento teórico fundamentou-se nas teorizações (pós-) foucaultianas sobre controle e gestão dos corpos para pensar o viver e o morrer, principalmente nas interconexões entre espetáculo e biopolítica e no controle exercido por dispositivos artificiais e tecnológicos. Esta perspectiva teórica sobre morte súbita pela via biopolítica assume importância significativa para a Educação Física, pois entende-se que a regulação dos corpos em movimento não pode se resumir a lógica da racionalidade biomédica, incorporando outras sensibilidades discursivas sobre práticas de exercícios e saúde.CONCLUSÃO: Em suma, captou-se como as noções de vida-morte e os mecanismos médico-tecnológicos são regulados e gerenciados em prol de um sujeito de performance que, a todo instante, se torna autocontrolado sob verdades que modulam o biológico no contexto das práticas corporais e esportivas. A potência analítica deste ensaio leva as reflexões para além da mera consideração da “finitude da vida” ao examinar como estruturas de poder, controle e discursos moldam as compreensões da morte e as múltiplas práticas de cuidado em distintos espaços sociais.
