Brasil
Introdução: A obesidade é fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis como Diabetes Mellitus tipo 2, Hipertensão Arterial Sistêmica, dislipidemias, entre outras. A gastroplastia está entre as alternativas terapêuticas com boa resposta sobre a perda ponderal quando exercício físico e dieta não foram eficientes, resultando em melhor controle clínico de comorbidades associadas. Portanto, analisar a evolução clínica e nutricional de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em um hospital de referência no estado de Pernambuco, 12 meses após o procedimento, a fim de observar os impactos desta terapêutica.
Material e métodos: Foi realizado uma série de casos, que incluiu indivíduos submetidos à cirurgia bariátrica e que possuíam alguma comorbidade associada ao excesso ponderal. A coleta de dados foi realizada no ambulatório de nutrição do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – IMIP, localizado na cidade de Recife-Pernambuco, período de maio de 2021 a outubro de 2021. Sendo obtidos dados antropométricos, clínicos e bioquímicos.
Resultados: Foram incluídos no estudo 40 indivíduos com idade média de 43 ± 11,7 anos, com predominância do sexo feminino (92,5%), sendo a técnica cirúrgica mais realizada o Bypass Gástrico (77,5%). Foi observado redução da Hemoglobina Glicada de 5,8% ± 0,5 no pré-operatório para 5,1% ± 0,2 aos 12 meses (p = <0,001), e redução do Colesterol Total de 199,0mg/dL para 167,0mg/dL (p = <0,001) antes e 12 meses após a gastroplastia, respectivamente. Além destas, observamos melhora estatisticamente significativa em todas as variáveis antropométricas e bioquímicas analisadas, exceto a glicemia em jejum.
Discussão: Tais resultados podem ser explicados a partir das alterações da secreção de hormônios intestinais, que auxiliam no melhor controle glicídico, lipídico e pressórico, além da perda ponderal. Além da reeducação alimentar e restrição calóricas proporcionadas pelo acompanhamento nutricional e intervenção cirúrgica.
Conclusões: Diante disso, a cirurgia bariátrica parece ter impacto positivo na evolução bioquímica e antropométrica no primeiro ano de pós-operatório.
Introduction: Obesity is a risk factor for chronic non-communicable diseases such as Type 2 Diabetes Mellitus, Systemic Arterial Hypertension, dyslipidemia, among others. Gastroplasty is among the therapeutic alternatives with a good response to weight loss when physical exercise and diet were not efficient, resulting in better clinical control of associated comorbidities. Therefore, analyze the clinical and nutritional evolution of patients undergoing bariatric surgery in a reference hospital in the state of Pernambuco, 12 months after the procedure, in order to observe the impacts of this therapy.
Material and methods: A series of cases was carried out, which included individuals who underwent bariatric surgery and who had some comorbidity associated with excess weight. Data collection was carried out at the nutrition outpatient clinic of the Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – IMIP, located in the city of Recife-Pernambuco, period from May 2021 to October 2021. Anthropometric, clinical and biochemical data were obtained.
Results: 40 individuals were included in the study with a mean age of 43 ± 11.7 years, with a predominance of females (92.5%), with the most common surgical technique being Gastric Bypass (77.5%). A reduction in Glycated Hemoglobin was observed from 5.8% ± 0.5 in the preoperative period to 5.1% ± 0.2 at 12 months (p = <0.001), and a reduction in Total Cholesterol from 199.0mg/dL to 167.0mg/dL (p =<0.001) before and 12 months after gastroplasty, respecti- vely. In addition to these, we observed a statistically significant improvement in all anthropometric and biochemical variables analyzed, except fasting blood glucose.
Discussion: These results can be explained based on changes in the secretion of intestinal hormones, which help with better glucose, lipid and blood pressure control, in addition to weight loss. In addition to dietary reeducation and ca- lorie restriction provided by nutritional monitoring and surgical intervention.
Conclusions: Given this, bariatric surgery appears to have a positive impact on biochemical and anthropometric evolution in the first year after surgery.