Introduction: Malnutrition in patients with congenital heart disease increases the risk of postoperative compli cations. The lymphocyte count is influenced by nutri tional status and hypoalbuminemia leads to a higher risk of hospital morbidity and mortality. STRONGKids nutritional screening identifies nutritional risk by allowing early and adequate intervention. Objective: To evaluate the nutritional risk of pediatric patients submitted to cardiac surgeries by different methods. Methods: A longitudinal study was conducted between March and October 2015 with 49 children and adolescents between 1 month and 15 years of age hospitalized for cardiac surgery. For biochemical data, total lymphocyte counts and serum albumin levels were considered. For the nutritional risk the STRONGKids tool was applied. Classical anthropometry (weight, height, triceps skinfold and brachial circumference) and nutritional diagnosis by anthropometric indicators (WHO, 2005/2006) were performed. Statistical analysis was performed by SPSS software version 22.0. The results were significant when p <0.05. Results and discussion: The median age was 37 months, (2 to 197 months, IQ: 54, 3 months), being 65.3% younger than 60 months. The total lymphocyte count and serum albumin levels did not reflect the nutritional status of the individuals evaluated. Most malnourished patients (38.5%) had normal levels of serum albumin (p = 0.411), but it is known that albumin is not a good marker of nutritional status due to low sensitivity in the acute phase of malnutrition. Malnourished patients did not present depletion according to the total lymphocyte count (p = 0.061). The screening score presented a positive relation with admission anthropometry (p = 0.004). Conclusion: The non-association between concentration of albumin and lymphocytes with nutritional status by anthropometry leads us to believe that these biochemical methods are impractical for this purpose. The STRONGKids screening did not differentiate nutritional risk in the evaluated population. Further studies should be performed to better accompany this population group.
Introdução: A desnutrição presente em portadores de cardiopatias congênitas eleva o risco de complicações pós-operatórias. A contagem de linfócitos sofrem interferência do estado nutricional e a hipoalbuminemia leva a maior risco de morbimortaliadade hospitalar. A triagem nutricional STRONGKids identifica o risco nutricional permitindo intervenção precoce e adequada. Objetivo: Avaliar o risco nutricional de pacientes pediátricos submetidos a cirurgias cardíacas por diferentes métodos. Métodos: Estudo longitudinal, realizado entre março e outubro de 2015 com 49 crianças e adolescentes entre 1 mês e 15 anos, internados para realização de cirurgia cardíaca. Para os dados bioquímicos consideraram-se contagem total de linfócitos e níveis séricos de albumina. Para o risco nutricional aplicou-se a ferramenta STRONGKids. Antropometria clássica (peso, estatura, prega cutânea triciptal e circunferência braquial) e diagnóstico nutricional pelos indicadores antropométricos (OMS,2005/2006) foram realizados. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS versão 22.0. Os resultados foram significativos quando p<0,05. Resultados e discussão: A mediana da idade foi de 37 meses, (2 a 197 meses; IQ: 54, 3 meses), sendo 65,3% menores de 60 meses. A contagem total de linfócitos e os níveis séricos de albumina não refletiram a condição nutricional dos indivíduos avaliados. A maioria dos pacientes desnutridos (38,5%) apresentou níveis normais de albumina sérica (p=0,411), porém sabe-se que a albumina não é bom marcador do estado nutricional por baixa sensibilidade na fase aguda da desnutrição. Os pacientes desnutridos não apresentaram depleção segundo a contagem total de linfócitos (p=0,061). O escore de triagem apresentou relação positiva com a antropometria da admissão (p=0,004). Conclusão:A não associação entre concentração de albumina e de linfócitos com o estado nutricional pela antropometria leva a crer que esses métodos bioquímicos são pouco práticos para esse fim. A triagem STRONGKids não diferenciou o risco nutricional na população avaliada. Mais estudos devem ser realizados para melhor acompanhar esse grupo populacional.