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Brasil
Introduction: Oncological patients present several symptoms and manifestations that influence the food acceptance, due to both the disease and the treatment they undergo. Objectives: To evaluate food acceptance with emphasis on desserts offered to adult and elderly patients of both sexes with hematologic cancer hospitalized in a university hospital in southern Brazil. Methods: cross-sectional, descriptive, quantitative study. Participants were classified into two groups according to the dessert offered at lunch and dinner: Group adapted ice cream (GSA) (n = 22) and Group dessert standard (GSP) (n = 19). Food consumption was assessed through a self-administered survey. Nutritional Risk Screening 2002, Body Mass Index and Global Subjective Assessment were performed. Results: There were no statistically significant differences between the two groups for all clinical and nutritional characteristics evaluated. Most of the participants were adults (21 to 59 years old), diagnosed with leukemia and without associated comorbidities, but were at nutritional risk (GSA: 82%, GSP: 68%). The GSA showed significantly greater acceptance of the dessert at lunch compared to GSP (93.8 ± 19.5% versus 65.8 ± 31.4%, p = 0.006). At dinner there was no significant difference between the two groups in relation to dessert acceptance (p = 0.077). The adapted ice cream has greater energetic value, content of protein and fibers. Conclusions: The adapted ice cream obtained superior acceptance to the other desserts, being able to represent a therapeutic strategy to increase the energetic-protein intake of the patients. The humanization of care should seek in hospital food dietary resources that meet the nutritional demands and the dietary desires of patients.
Introdução: Pacientes oncológicos apresentam diversos sintomas e manifestações que influenciam a aceitação alimentar, decorrentes tanto da doença quanto do tratamento a que são submetidos. Objetivo: Avaliar a aceitação alimentar com ênfase nas sobremesas oferecidas aos pacientes adultos e idosos de ambos os sexos com câncer hematológico internados em um hospital universitário no sul do Brasil. Métodos: estudo transversal, descritivo, quantitativo. Os participantes foram classificados em dois grupos de acordo com a sobremesa oferecida no almoço e no jantar: Grupo sorvete adaptado (GSA) (n=22) e Grupo sobremesa padrão (GSP) (n=19). O consumo alimentar foi avaliado através de um inquérito auto-aplicado. Foi realizada triagem e avaliação nutricional pelo Nutritional Risk Screening 2002, Índice de Massa Corporal e Avaliação Subjetiva Global. Resultados: Não foram observadas diferenças estatísticas significantes entre os dois grupos para todas as características clínicas e nutricionais avaliadas. A maioria dos participantes eram adultos (21 a 59 anos), com diagnóstico de leucemia e sem comorbidades associadas, porém encontravam-se em risco nutricional (GSA: 82%; GSP: 68%). O GSA apresentou significativamente maior aceitação de sua sobremesa no almoço comparado ao GSP (93,8±19,5% versus 65,8± 31,4%; p=0,006). No jantar não houve diferença significativa entre os dois grupos em relação a aceitação da sobremesa (p=0,077). O sorvete adaptado constitui a sobremesa com maior valor energético, maior teor de proteína e fibras. Conclusões: O sorvete adaptado obteve aceitação superior às outras sobremesas, podendo representar uma estratégia terapêutica para aumentar a ingestão energético-proteica dos pacientes. A humanização da atenção deve buscar na alimentação hospitalar recursos dietéticos que atendam as demandas nutricionais e os desejos alimentares dos pacientes.
