Brasil
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La privación de la libertad, por sus características, impone a las personas hábitos y costumbres diferenciados que pueden influir en su salud. En ese sentido, el propósito de este estudio es describir las características sociodemográficas, hábitos de vida y condiciones de salud de las personas privadas de libertad. Se trata de un estudio transversal y descriptivo, realizado en cuatro centros penitenciarios de una ciudad del sur de Brasil. La recopilación de datos se realizó mediante un instrumento semiestructurado y se utilizó la estadística descriptiva para el análisis. Participaron 326 personas privadas de libertad, 90,8% eran hombres, 53,4% jóvenes, entre 18 y 29 años, 43,3% solteros, 55,8% con menos de nueve años de escolaridad, 61,3% realizaban alguna actividad en la unidad carcelaria, 63,2% eran fumadores o exfumadores, 28,2% ingerían bebidas alcohólicas y 60,4% eran usuarios o exusuarios de drogas ilícitas, 71,2% practicaban actividades físicas, 86,1% evaluaban positivamente su estado de salud y 52,5% reportaban alguna enfermedad crónica. Las enfermedades más frecuentes declaradas en sus relatos fueron las respiratorias, las gastrointestinales, las mentales, las cardiovasculares y las musculoesqueléticas. Las personas privadas de libertad tienen enfermedades crónicas y factores de riesgo prevalentes en la población general. Conocer el perfil epidemiológico de este grupo de población puede contribuir a las acciones de promoción de la salud, prevención y control de los factores de riesgo.
The deprivation of liberty, due to its characteristics, imposes on people differentiated habits and customs that can influence their health. In that sense, the objective of this is to verify the prevalence of chronic diseases in the prison population. This is a cross-sectional descriptive study, carried out in four prison unity in a city in southern Brazil. Data collection was performed by a semi-structured instrument and descriptive statistics were used for analysis. Participated 326 people deprived of freedom, 90.8% were male, 53.4% young, aged between 18 and 29 years, 43.3% single, 55.8% with less than nine years of schooling, 61.3% performed some activity in the penal unit, 63.2% were smokers or former smokers, 28.2% drank alcohol and 60.4% used or ex used illicit drugs, 71.2% practiced physical activities, 86.1% positively evaluated their health status and 52.5% reported some chronic disease. The most prevalent self-reported diseases were respiratory, gastrointestinal, mental, cardiovascular, and musculoskeletal. People deprived of freedom have chronic diseases and risk factors prevalent in the general population. Knowing the epidemiological profile of this population group can contribute to health-promoting actions, prevention, and control of risk factors.
A privação de liberdade, por suas características, impõe as pessoas hábitos e costumes diferenciados que podem influenciar em sua saúde. Nesse sentido, o objetivo deste é descrever as características sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde de pessoas privadas de liberdade. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, realizado em quatro unidades penais de um município do sul do Brasil. A coleta de dados foi realizada por instrumento semiestruturado e utilizou-se estatística descritiva para análise. Participaram 326 pessoas privadas de liberdade, dessas 90,8% eram do sexo masculino, 53,4% jovens, com idade entre 18 e 29 anos, 43,3% solteiras, 55,8% com escolaridade inferior a nove anos, 61,3% realizavam alguma atividade na unidade penal, 63,2% eram fumantes ou ex-fumantes, 28,2% ingeriam bebida alcoólica e 60,4% usuários ou ex-usuários de drogas ilícitas, 71,2% praticavam atividades físicas, 86,1% avaliaram positivamente o estado de saúde e 52,5% relatou alguma doença crônica. As doenças que prevaleceram nos autorrelatos foram as respiratórias, gastrointestinais, psíquicas, cardiovasculares e osteomusculares. As pessoas privadas de liberdade possuem as doenças crônicas e fatores de risco prevalentes na população em geral. Conhecer o perfil epidemiológico desse grupo populacional pode contribuir com ações promotoras de saúde, prevenção e controle dos fatores de risco.