María Victoria Fernánde-García, R Campos-Navarro
Introducción: La elevada prevalencia de hipertensión arterial sistémica es un problema de salud pública a nivel mundial. Se requiere profundizar, desde una perspectiva crítica, acerca de los aspectos que subyacen a la falta de control y en la complejidad de los contextos de pobreza.
Objetivo: Analizar desde una perspectiva crítica la configuración de la experiencia y el significado de padecer hipertensión, en tres casos de mujeres que habitan en un contexto multicultural, de pobreza y trabajo agrícola de Ciudad de México.
Metodología: Estudio de corte etnográfico, con seguimiento de más de dos años a tres mujeres en sus contextos. Se realizó observación participante, entrevistas en profundidad e informales. El análisis de las entrevistas fue desde la fenomenología crítica.
Resultados: Se identificaron las categorías: inicio y malestares; experiencia de la enfermedad (vida cotidiana). Los resultados mostraron complejos entramados que reflejan las tensiones y dinámicas derivadas de contextos de pobreza estructural y de género. La enfermedad fue atendida en crisis como resultado de la cultura somática, configurada por las condiciones materiales de vida que definen la búsqueda de atención.
Discusión y Conclusiones: La investigación muestra la sinergia de diferentes factores de los contextos que derivan en la falta de atención y en una cultura somática en la que se normalizan los malestares, la enfermedad, así como la desigualdad de género. La experiencia de la enfermedad fue modulada predominantemente por la situación económica y el género.
Introduction: The high prevalence of systemic arterial hypertension is a health issue worldwide. It is necessary to deepen, from a critical perspective, on the underlying aspects related to the lack of control and the complexity of this phenomenon within the context of poverty.
Objective: To analyze from a critical perspective the experiences and meanings of 3 women suffering from systemic arterial hypertension living in a context of poverty and agricultural labor in Mexico City.
Methodology: This is an ethnographic study with a 2 year follow up on three women suffering from systemic arterial hypertension. Observations and in depth as well as informal interviews were carried out. The interviews were analyzed from the critical phenomenology perspective.
Results: The following categories were identified: beginning and ailments; and daily experience of the illness. The results showed the complex interactions reflecting the tensions derived from living in a context of poverty and somatic culture.
Discussion and conclusions: The findings show the synergy of the context-related factors which contribute to the somatic culture and lack of health attention in which the presence of ailments, illnesses, and gender inequality is normalized. The experience of the illness was highly influenced by the economic situation as well as by gender.
Introdução: A alta prevalência de hipertensão arterial sistêmica é um problema de saúde pública mundial. É necessário aprofundar, numa perspectiva crítica, sobre os aspetos que estão na base do descontrole e da complexidade dos contextos de pobreza.
Objetivo: Analisar a partir de uma perspectiva crítica a configuração da experiência e o significado de sofrer de hipertensão, em três casos de mulheres que vivem em um contexto multicultural de pobreza e trabalho agrícola na Cidade do México.
Metodologia: Estudo etnográfico, com acompanhamento de três mulheres em seus contextos por mais de dois anos. Foram realizadas observação participante, entrevistas em profundidade e informais. A análise das entrevistas baseou-se na fenomenologia crítica.
Resultados: Foram identificadas duas categorias: início e desconforto, e experiência da doença (vida cotidiana). Os resultados mostraram redes complexas que refletem as tensões e dinâmicas derivadas de contextos de pobreza estrutural e de gênero. A doença foi tratada em crise como resultado da cultura somática, configurada pelas condições materiais de vida que definem a busca por cuidado.
Discussão e conclusões: A pesquisa mostra a sinergia de diferentes fatores nos contextos que levam à desatenção e uma cultura somática em que o desconforto, a doença, bem como a desigualdade de gênero são normalizados. A experiência de adoecimento foi predominantemente modulada pela situação econômica e pelo gênero.