O presente estudo tem como objetivo relatar o caso de uma adolescente que, abusada sexualmente, teve como conseqüência uma gravidez indesejada. Esta nova realidade veio acompanhada de medo, vergonha e da decisão de não comunicar aos familiares a violência sofrida, por medo de represália por parte do agressor, o qual pertence ao círculo de amizade da família da vítima. A decisão de não interromper a gravidez foi permeada de sentimentos conflituosos levando-a à tentativa de suicídio. Os dados foram coletados através de entrevista com a adolescente e da análise de registros feitos pela própria vítima. Concluímos que o crescente número de atendimentos de casos dessa natureza exige a capacitação do profissional de saúde para lidar com os aspectos psicossociais e reflete a sua falta de preparo por receber uma educação distanciada dessa realidade.
DOI:https://doi.org/10.15253/2175-6783.2001000100003