Maria Ivoneide Veríssimo de Oliveira, Sarah Maria Fraxe Pessoa, Rosilea Alves de Sousa, Maria Rosimar de Jesus Barbosa
As autoras analisaram, retrospectivamente, os 12 casos de morte materna ocorridas na Maternidade Escola Assis Chateaubriand – Universidade Federal do Ceará após a implantação do Comitê de Mortalidade Materna em outubro de 1999 até o ano de 2000. Entre os óbitos, predominou a faixa etária de 30 a 38 anos (41,6%), multíparas com 02 ou mais filhos (66,6%) e a segunda metade da gestação foi a idade gestacional de maior predominância do óbito (41%). Em relação à assistência pré-natal, 58,3% havia realizado 5 a 7 consultas, dentre as quais, 41,6% apresentavam risco materno e necessitavam de acompanhamento hospitalar. Dos 12 casos investigados, 25% das mulheres foram transferidas de outros hospitais, chegando na instituição em estado grave. A eclâmpsia foi a causa mais comum dos óbitos (33,3%) seguida da pré-eclâmpsia e do trabalho de parto prematuro com (16%). Quanto aos fatores determinantes do óbito, o acidente vascular cerebral e o distúrbio de coagulação contribuíram com 25% e a Síndrome de Hellp com 16%. Os resultados apontaram a doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) como causa principal dos óbitos apresentados, cuja ocorrência frequente leva-nos a refletir sobre a assistência prestada e a necessidade de adoção de medidas específicas para esta patologia.
DOI:https://doi.org/10.15253/2175-6783.2002000100004