Trata-se de estudo descritivo envolvendo 63 deficientes visuais residentes na zona urbana da cidade de Sobral/CE, com o objetivo de conhecer o perfil e os modos de enfrentamento destes deficientes no âmbito da família e na sociedade. O estudo foi realizado no período de maio de 2002 a novembro de 2003. Utilizamos como método para coleta de dados a visita domiciliária e a entrevista livre. Os resultados apontam que a maior parte das pessoas estudadas são do sexo feminino (36); têm mais de 61 anos de idade (40); o período de deficiência é de 5 a 10 anos (17); estão em fase de ajustamento ao estigma (18); têm cegueira adquirida (55); desconhecem a causa da deficiência (23); ficaram cegas devido ao glaucoma e/ou catarata (18); o principal cuidador é a própria família (25); disseram que não precisam de nenhum dispositivo de auto-ajuda (33). Diante destes resultados, podemos concluir que o enfermeiro ao prestar assistência a este tipo de cliente deve observar o seu perfil para buscar estratégias que contribuam para a educação em saúde como forma de inserir o deficiente visual na sociedade.
DOI:https://doi.org/10.15253/2175-6783.2004000200008