Estudo reflexivo com objetivo enfocar a contribuição da Etnografia para o cuidado de Enfermagem relacionado à obesidade infantil numa dinâmica familiar inadequada. O presente artigo aborda a ascensão da obesidade no Brasil, particularmente na população infantil e tenta compreender de que maneira esta doença pode estar vinculada a características familiares como: sedentarismo, hiperfagia, desmame precoce e padrões culturais prejudiciais à saúde. A reflexão ressalta que, nessa compreensão, o enfermeiro pode utilizar a Etnografia, a fim de entender o simbolismo que exerce o alimento na família e suas repercussões na educação alimentar infantil. Conclui-se que a Etnografia aguça a percepção do enfermeiro, podendo facilitar a implantação da educação em saúde nessas famílias onde a adiposidade infantil surge devido uma conjectura propícia para a sua gênese. Dessa forma, a Enfermagem contribui para uma melhoria da qualidade de vida dos obesos e para redução da morbi-mortalidade de patologias associadas à obesidade.
DOI:https://doi.org/10.15253/2175-6783.20060001000014