Esta pesquisa objetivou identificar crenças que permeiam a vivência dolorosa de mulheres com fibromialgia segundo o referencial teórico de Rokeach. Foram entrevistadas 42 mulheres atendidas em Ambulatório de Ortopedia e Traumatologia do Ceará. Utilizou-se um questionário que continham perguntas sobre crenças espirituais, enfrentamento da dor e valores pessoais. Foram identificadas crenças centrais primitivas de consenso unânime, quando afirmam crença em Deus e buscar apoio na religião; e de consenso zero, relacionadas a sentimentos de medo e ao acreditarem que Deus ajuda no alívio da dor. Na crença de autoridade destacaram-se Deus e a família. Esta classificação permitiu a visualização de crenças propícias a mudanças, incitando o profissional de saúde a orientar também o familiar sobre a sua importância na participação do tratamento da fibromialgia. Percebe-se que crenças espirituais podem auxiliar no enfrentamento da fibromialgia e contribuir para uma boa saúde mental por serem constantemente fortalecidas pelas mulheres.
DOI:https://doi.org/10.15253/2175-6783.20090004000012