Mulher cega deve receber orientações acerca do cuidado com o bebê. Objetivou-se analisar a comunicação verbal e não-verbal da mãe cega com limitação motora com criança e enfermeira durante a higiene corporal. Estudo exploratório, descritivo, tipo estudo de caso, com análise quantitativa realizado em 2009. A comunicação mãe/filho e mãe/enfermeira foi filmada e analisada por seis juízes. Encontrou-se predominância da mãe como destinatária com a enfermeira e utilização da função emotiva nas verbalizações com a criança na comunicação verbal. Já na comunicação não-verbal prevaleceu a distância íntima entre mãe/filho e a pessoal entre mãe/enfermeira. A mãe demonstrou medo ao dar banho na criança. Conclui-se que as distâncias estabelecidas facilitaram as interações da mãe com o bebê e desta com a profissional. Independente das dificuldades motora e visual, a mãe não sofreu prejuízos verbais no estabelecimento do seu processo comunicativo.
DOI:https://doi.org/10.15253/2175-6783.2010011esp000017