Cristiane Rossi Moro, Inez Silva Almeida, Benedita Maria Ego Deusdará Rodrigues, Íris Bazilio Ribeiro
Acompanhar o morrer na adolescência foge aos padrões da vida, mesmo para a equipe de saúde que lida rotineiramente com essa realidade. Neste contexto, o estudo teve como objetivo compreender o significado do processo de morrer na adolescência na ótica da equipe de enfermagem. O referencial metodológico utilizado foi a fenomenologia e os sujeitos foram seis técnicos e quatro enfermeiros. Os resultados evidenciaram quatro categorias. Ao ver o adolescente morrendo, os profissionais: vivenciam a impotência; apoiam-se na crença; colocam-se como familiar; expressam dificuldade em aceitar a morte do adolescente. Conclui-se que os profissionais de enfermagem, diante da realidade da morte de adolescentes, experienciam questões existenciais. Há necessidade de inovações a partir das discussões e reflexões acerca do cuidado do ser adolescente frente à morte e ao morrer. É fundamental que a equipe de enfermagem se aproprie dessa temática, se instrumentalizando técnica e emocionalmente para cuidar do ser em sua finitude.
DOI:https://doi.org/10.15253/2175-6783.2010000100005