Este trabalho teve como objetivo investigar fatores que permeiam a estrutura social e cultural de mulheres em união estável e a influência destes fatores sobre o comportamento sexual e o autocuidado. Trata-se de uma pesquisa etnográfica, fundamentada no modelo Sunrise, da Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural. Desenvolveu-se o estudo no Centro de Desenvolvimento Familiar (CEDEFAM) e no contexto familiar de sete mulheres que estabeleciam união estável. Os resultados ressaltaram a distância cultural entre profissional de saúde e usuário, proporcionando o desenvolvimento de ideias sem base real sobre doenças sexualmente transmissíveis. Conclui-se que a análise cultural consiste de ferramenta em busca de um cuidado satisfatório — que tenha como resultado a proteção e promoção da saúde sexual — pois permite que sentimentos e pensamentos que favoreceram o comportamento sexual de risco sejam desvelados e utilizados de forma positiva na elaboração de estratégias educativas.
DOI:https://doi.org/10.15253/2175-6783.2011000300005