Ianka do Amaral, Luiz Ricardo Zander Marafigo, Fabiana Bucholdz Teixeira Alves, Celso Bilynkievycz dos Santos, Cristina Berger Fadel
Objective: to evaluate factors associated with disability of patients after hospital discharge in COVID-19intensive care units. Methods: cross-sectional analytical research with sociodemographic, clinical, self-perception of health and WHODAS 2.0 scale data of patients discharged from a teaching hospital. Patients admitted to an intensive care unit for COVID-19 for more than eight days, discharged from the hospital at least 365 days before data collection and older than 18 years were included. Information analysis was performed using data mining. Results: 32 individuals were eligible, 25% were disabled. These individuals presented low cognition, mobility, self-care, limitation in daily activities, justified by biological and clinical parameters. Still, 37% by obesity and polymedication, 75%, impaired concentration and 50%, neurological developments. The length of hospitalization and the therapeutic resources demanded in this period were also associated with the disability observed. Conclusion: the COVID-19 virus added to the length of hospitalization and clinical factors ware related to disability 12 months after hospital discharge with strong presence of neurological symptoms. Contributions to practice: it is expected to contribute to the understanding of the long-term impacts of COVID-19, enabling to offer better assistance and quality of life to patients affected by the disease.
Objetivo: avaliar fatores associados à incapacidade de pacientes após a alta hospitalar em unidades de terapia intensiva COVID-19. Métodos: pesquisa transversal analítica com dados sociodemográficos, clínicos, de autopercepção de saúde e escala de WHODAS 2.0 de pacientes egressos de um hospital-escola. Foram incluídos: pacientes internados em unidade de terapia intensiva por COVID-19 por um período de mais de oito dias; com alta hospitalar recebida, no mínimo, 365 dias antes da coleta de dados; maiores de 18 anos. A análise das informações foi realizada por meio de mineração de dados. Resultados: foram elegíveis 32 indivíduos, sendo 25% incapacitados. Estes apresentaram baixa cognição, mobilidade, autocuidado, limitação em atividades diárias, justificadas por parâmetros biológicos e clínicos. Ainda, 37% por obesidade e polimedicação, 75%, concentração comprometida e 50%, desdobramentos neurológicos. O tempo de internamento e os recursos terapêuticos demandados neste período também foram associados à incapacidade observada. Conclusão: o vírus da COVID-19 somado ao tempo de internação e fatores clínicos foram relacionados à incapacidade 12 meses após alta hospitalar com forte presença de sintomas neurológicos. Contribuições para a prática: espera-se contribuir para a compreensão dos impactos em longo prazo da COVID-19, possibilitando oferecer melhor assistência e qualidade de vida aos pacientes acometidos pela doença.