Introduction: The Corona Virus Disease (COVID-19) is ahighly transmissible infection and is associated with greatersusceptibility to the development of malnutrition. Thus, en-teral nutritional therapy must be integrated into the globaltreatment of this condition. Objective: To analyze the clinical, nutritional and biochem-ical factors associated with the clinical outcome of patientswith COVID-19 admitted to an Intensive Care Unit (ICU).
Methods: This is a case series, carried out from March toJuly 2020, with data recorded in the nutritional monitoringrecords of patients hospitalized with COVID-19. The variablesanalyzed were: demographic (age and sex); clinical (comor-bidities, underlying disease and outcome), anthropometric,biochemical and nutritional support. Results: The sample consisted of 102 patients, 65.7% hadthe severe acute respiratory syndrome, the main underlyingdisease observed was heart disease (23.5%) and 69.3% ofpatients were discharged from the ICU. Regarding nutritionalvariables, approximately 50% of patients received enteralfeeding and 73.3% started early. Concerning biochemicalmarkers, patients who died had higher C-reactive protein(CRP)/albumin ratios (p=0.024) and CRP concentrations(p=0.012) when compared to those who progressed to dis-charge from the ICU. In addition, it is observed that the eld-erly (adjusted HR = 3.62; 95%CI 1.19 – 10.97) and early ini-tiation of enteral nutritional therapy (adjusted HR = 10.62;95%CI 2.41 – 46 .87) were factors related to ICU discharge. Conclusion: Monitoring the inflammatory process usingdifferent markers seems to be a good parameter for theclinical evolution of these patients. In addition, the benefitsof early enteral nutrition therapy may be associated withbetter clinical outcomes and reduced complications duringhospitalization.
Introdução: O Corona Virus Disease (COVID-19) é uma infecção de elevada transmissibilidade e está associada com maior suscetibilidade ao desenvolvimento de desnutrição. Desta forma, a terapia nutricional enteral deve estar integrada ao tratamento global deste agravo. OBJETIVO: Analisar os fatores clínicos, nutricionais e bioquímicos associados ao desfecho clínico de pacientes com COVID-19 internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). MÉTODOS: Trata-se de uma série de casos, realizado no período de março a julho de 2020, com os dados registrados nas fichas de acompanhamento nutricional dos pacientes internados com COVID-19. As variáveis analisadas foram: demográficas (idade e sexo); clínicas (comorbidades, doença de base e desfecho), antropométricas, bioquímicas e de suporte nutricional. RESULTADOS: A amostra foi composta por 102 pacientes, 65,7% apresentaram síndrome respiratória aguda grave, a principal doença de base observada foi as doenças cardíacas (23,5%) e 69,3% dos pacientes evoluíram para a alta da UTI. Com relação às variáveis nutricionais, aproximadamente 50% dos pacientes receberam alimentação por via enteral e 73,3% iniciaram de forma precoce. No que se refere aos marcadores bioquímicos, os pacientes que foram a óbito, apresentaram maiores valores das razões proteína C reativa (PCR) /albumina (p=0,024) e das concentrações de PCR (p=0,012) quando comparado com os que evoluíram para alta da UTI. Além disso, observa-se que os idosos (HR ajustada =3,62; IC95% 1,19 – 10,97) e o início precoce da terapia nutricional enteral (HR ajustada = 10,62; IC95% 2,41 – 46,87) foram fatores relacionados com a alta da UTI. CONCLUSÃO: O acompanhamento do processo inflamatório através de diferentes marcadores parece ser um bom parâmetro de evolução clínica desses pacientes. Além disso, os benefícios da terapia de nutrição enteral precoce podem estar associados à melhor evolução clínica e redução de complicações durante internamento