Introducción: Debido a la inequidad histórica existente, la pandemia del COVID-19 ha impactado a los grupos sociales de forma diferente, lo que exige un acompañamiento especial a las minorías étnico-raciales que viven en situación de vulnerabilidad. En este sentido, el presente estudio tiene como objetivo analizar la vulnerabilidad de la población negra brasileña frente a la evolución de la pandemia por COVID-19. Materiales y métodos: Se realizó un estudio documental descriptivo de enfoque cuantitativo a partir de los boletines epidemiológicos sobre coronavirus publicados por el Ministerio de Salud de Brasil. Se evaluaron dos variables en los boletines epidemiológicos con base en la raza/color: hospitalizaciones por síndrome respiratorio agudo grave y muertes por COVID-19. Resultados: Entre los boletines 9 y 18 se evidenció un aumento sostenido de las tasas de hospitalización por síndrome respiratorio agudo grave (del 23.9% al 54.7%) y de muerte (del 34.3% al 61.3%) entre la población negra, así como una reducción constante de la tasa de hospitalización (del 73% al 43.3%) y de muerte (del 62.9% al 36.5%) entre la población blanca. Se observó que las personas de raza negra tienen una mayor probabilidad de hospitalización por infección por SARS y muerte por COVID-19 en Brasil, lo que supone que se encuentran en una mayor situación de vulnerabilidad. Discusión: Se considera que este escenario desfavorable para las personas de raza negra se debe a la dificultad o imposibilidad de integración social, la prevalencia de comorbilidades que desencadenan cuadros graves de COVID-19, las dificultades de acceso a los servicios de salud y el racismo institucional. Conclusión: Se hace necesaria la implementación de una red de protección social para este grupo racial a fin de reducir el contagio de la enfermedad y la letalidad del virus.
Introduction: Due to the historical inequality, the COVID-19 pandemic has impacted social groups differently, which calls for special assistance to ethnic-racial minorities living in a situation of vulnerability. In light of this, this study is aimed to analyze the vulnerability of the black population in Brazil to the evolution of the COVID-19 pandemic. Materials and Methods: A quantitative descriptive study following a documentary method was conducted based on the coronavirus disease epidemiological bulletins published by the Brazilian Ministry of Health. Two variables were assessed from epidemiological bulletins regarding race/color: hospitalizations for severe acute respiratory syndrome and deaths due to COVID-19. Results: A steady increase in rates of hospitalization for severe acute respiratory syndrome (from 23.9% to 54.7%) and death (from 34.3% to 61.3%) was observed among the black population in bulletins 9-18, contrary to the steady decrease in rates of hospitalization (from 73% to 43.3%) and death (from 6.29% to 36.5%) among the white people. It was also found that black people are more likely to be hospitalized for SARS infection and death due to COVID-19 in Brazil, suggesting that they are at a higher vulnerability. Discussion: This unfavorable scenario for the black population is considered to arise from the difficulty or impossibility of social integration, the prevalence of comorbidities that trigger severe COVID-19 forms, difficulties in accessing healthcare services and institutional racism. Conclusion: The implementation of a social protection network is necessary to reduce the disease infection and the mortality of the virus.
How to cite this article: Ferreira, Ricardo Bruno Santos; Camargo, Climene Laura de. Vulnerabilidade da população negra brasileira frente à evolução da pandemia por COVID-19. Revista Cuidarte. 2021;12(2):e1322. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.1322
Introdução: Devido as iniquidades históricas, o contexto pandêmico do COVID-19 tem impactado de maneira distinta os segmentos sociais, exigindo um acompanhamento especial às minorias étnico-raciais que vivem em situação de vulnerabilidade. Nesse sentido, o estudo tem como objetivo analisar a vulnerabilidade da população negra brasileira frente à evolução da pandemia por COVID-19. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo documental, descritivo, quantitativo, realizada a partir dos boletins epidemiológicos coronavírus publicados pelo Ministério da Saúde do Brasil. Foram avaliadas duas variáveis dos boletins epidemiológicos coronavírus a partir da raça/cor: hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave e óbito por Covid-19. Resultados: Entre os boletins nº 9 e nº 18 evidenciou-se o aumento sustentado nas taxas de internação por síndrome respiratória aguda grave (de 23,9% para 54,7%) e óbito (de 34,3% para 61,3%) entre pessoas de raça/cor negra e redução constante na hospitalização (de 73% para 43,3%) e óbito (de 62,9% para 36,5%) entre pessoas brancas. Constata-se que pessoas negras têm maiores chances de internação por SRAG e morte por COVID-19 no Brasil, o que implica maior situação de vulnerabilidade. Discussão: Acredita-se que esse cenário desfavorável entre pessoas negras se deve a dificuldade ou impossibilidade de realização de isolamento social, à prevalência de comorbidades que precipitam quadros graves do COVID-19, as dificuldades no acesso aos serviços de saúde e ao racismo institucional. Conclusão: faz-se necessário a implementação de uma rede de proteção social a esse grupo racial, com o objetivo de reduzir o acometimento da doença e a letalidade do vírus.
Como citar este artigo: Ferreira, Ricardo Bruno Santos; Camargo, Climene Laura de. Vulnerabilidade da população negra brasileira frente à evolução da pandemia por COVID-19. Revista Cuidarte. 2021;12(2):e1322. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.1322