Diana Ibeth Díaz, Nury C. Guerrero Parra, María Isabel Robles, Yaneth Rodríguez, María Mercedes Lafaurie Villamil
Se realizó una lectura crítica con perspectiva de género de la investigación reciente sobre hombres, salud sexual y salud reproductiva en América Latina, basada en una revisión de la literatura. Fueron sistematizados y analizados 55 estudios. Se halló que la masculinidad hegemónica sigue presente en las vivencias sexuales y reproductivas de los varones en la región, a pesar de observase el tránsito hacia nuevas masculinidades especialmente enlazado con la vivencia de la paternidad. Desde la adolescencia se observa la construcción de valores, ideas y prácticas anudadas a la naturalización de una sexualidad masculina ajena al cuidado de sí y de otros. Los estudios sobre infecciones de transmisión sexual y VIH-sida muestran que los estereotipos viriles llevan a no percibir el riesgo de infectarse. De igual modo, impiden a los hombres consultar ante la presencia de problemas que afectan la sexualidad. Los servicios de salud sexual y reproductiva aparecen en los estudios como excluyentes de los hombres y poco preparados para atender a la población masculina en los diferentes momentos del curso de vida y en la amplitud de sus necesidades de salud, además de mostrar ser poco integrales en su abordaje y poco sensibles a la diversidad. Como los conocimientos sobre sexualidad no son suficientes para desarrollar actitudes de autocuidado y conciencia del cuidado de otros, los autores insisten en la importancia de impactar las construcciones sobre la masculinidad. Cuando están diseñados para responder a las necesidades de los hombres, con perspectiva de masculinidades, los programas logran ejercer cambios positivos.
From a gender perspective, a critical reading was conducted on recent research about men, sexual health and reproductive health in Latin America, based on a literature review. Were analyzed 55 studies. Despite some changes seen in the transit to new masculinities, mainly linked to paternity, it was found that hegemonic masculinity is still present in the sexual and reproductive experiences of Latin American men. Since adolescence, there are practices, ideas and construction of values interrelated with a male sexuality distant from caring for oneself and others. Studies on sexually transmitted infections (STIs) and HIV and AIDS reflect manhood stereotypes as a cause of not perceiving the risk of being infected and prevent men from consulting if they have problems that affect they sex life. Sexual and reproductive health services are shown in some studies as men excluding and with a lack of preparation with a broad set of health requirements in the different stages of their lives. In addition there is little comprehension and sensitivity in their approach to the diversity. As knowledge about sexuality is not enough to develop attitudes of self-care and awareness of the care of others, authors insist in the relevance of revaluating the masculinity definitions. Programs including a masculine perspective achieve positive changes when they are designed to respond to the necessities of men.
A partir da perspectiva de gênero, uma leitura crítica foi conduzida utilizando uma recente pesquisa relacionada aos homens, à saúde sexual e à saude reprodutiva na América Latina, tudo isto baseado em revisão da literatura. Dessa forma, um total de 55 estudos foi analisado. Foi observado que a masculinidade hegemônica está ainda presente nas experiências sexuais e reprodutivas do homem da América Latina, apesar de algumas mudanças serem vistas na transição para novas masculinidades, principalmente ligadas à paternidade. Desde a adolescência, observa-se a construção de valores, ideias e práticas vinculadas à naturalização da sexualidade masculina alheia ao cuidado de si e dos outros. Estudos relacionados à doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS-HIV) mostram que os estereótipos masculinos são a causa da não percepção dos riscos de ser infectado e impedem que os homens consultem caso eles tenham problemas que afetem sua vida sexual. Serviços de saúde sexual e reprodutiva são apontados em alguns estudos como sendo excludentes masculinos e mal preparados para atendê-los na amplitude de suas necessidades de saúde e nos diferentes estágios de suas vidas. E além disso, apresentam pouca compreensão e sensibilidade ao abordar a diversidade. Como o conhecimento sobre a sexualidade não é suficiente para desenvolver atitudes de autocuidado e consciência do cuidado com os outros, os autores insistem na importância de reavaliar as definições de masculinidade. Quando projetados para responder às necessidades dos homens, sob uma perspectiva masculina, os programas conseguem exercer mudanças positivas.