Antonio Carlos Lopes
O Programa Mais Médicos projeta abrir, até 2017, 11.400 vagas em graduação em medicina e 12.400 vagas em residência. O Brasil já conta com cerca de 400 mil médicos atuantes, correspondendo a 2,11 médicos a cada mil habitantes. Assim, o país supera a perspectiva da Organização Mundial da Saúde, que recomenda um profissional a cada mil habitantes. Os números saltam aos olhos e pintam um cenário de prosperidade e sucesso no que tange à medicina e à assistência em saúde; mas não é bem assim. Há expressiva concentração de generalistas e especialistas na Região Sudeste e falta destes no Norte. O Sudeste centraliza mais especialistas do que a soma dos médicos do Nordeste, Centro‐Oeste e Norte. Neste trabalho, expomos estes números e analisamos o impacto deles na formação do egresso que se prepara para entrar no mercado de trabalho.
By 2017, the Mais Médicos Program plans to open 11,400 places in medical schools and 12,400 residency places. Brazil already has about 400,000 doctors in service, which makes up a ratio of 2.11 doctors per thousand inhabitants. Thus, the country clearly surpasses the standpoint of the World Health Organization, which recommends one professional per thousand inhabitants. The numbers jump out and depict a scenario of prosperity and success in medicine and health care, but it's not quite like this. There is a significant concentration of generalists and specialists in the Southeast Region and a lack of them in the North. The Southeast concentrate more specialists than the sum of the doctors of the Northeast, Center‐West and North. In this paper, we present these figures and analyze their impact on the number of graduates that are getting ready to enter the job market.