Camila Tomé da Cunha, Danielle Erilane Silva Pereira, Claudete Xavier do Nascimento, Marília Tokiko Oliveira Tomiya, Bruno Soares de Sousa, Bruna Oliveira de Medeiros, Luiz Henrique Queiroz de Oliveira, Paola Frassinete de Oliveira Albuquerque Silva
INTRODUÇÃO: A vitamina D está em evidência devido à sua relação com a promoção de melhor qualidade de vida, inclusive em pacientes com HIV, atribuído, principalmente, à sua atuação no sistema imunológico. OBJETIVOS: Verificar os níveis séricos de vitamina D e sua associação com os fatores clínicos e nutricionais em pacientes portadores de HIV. METODOLOGIA: Estudo descritivo de corte transversal, realizado entre maio e dezembro de 2018, em um ambulatório do Recife, com pacientes com idade igual ou superior a 18 anos com diagnóstico de HIV que possuíam níveis de vitamina D dosados no último ano. Foram coletadas informações como idade, sexo, tempo de diagnóstico da infecção, medicações antiretrovirais, comorbidades e forma de transmissão do vírus. Para avaliação nutricional, foram mensurados peso, altura, índice de massa corporal, prega cutânea triciptal, circunferência do braço e circunferência muscular do braço. Foram registrados os seguintes exames bioquímicos: células de diferenciação 4, carga viral e perfil lipídico. Para a análise estatística utilizou-se o Programa SPSS versão 13.0. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em pesquisa para seres humanos, obtendo CAAE N° 76950417.9.0000.52.01. RESULTADOS: A amostra foi composta por 64 pacientes. Foi encontrado insuficiência de vitamina D em 35,9% dos participantes. De acordo com o índice de massa corporal, metade da amostra apresentou excesso de peso. Enquanto que, pelos outros parâmetros antropométricos, houveram classificações diferentes. A maioria dos participantes possuía bons níveis de células de diferenciação 4, carga viral e perfil lipídico dentro dos valores de referência. Não houve associação significativa entre hipovitaminose D e as variáveis independentes analisadas. CONCLUSÃO: Concluiu-se que a deficiência de vitamina D nessa população pode ser comum, assim como o excesso de peso, mostrando que nem sempre a desnutrição prevalece como diagnóstico nutricional nesses pacientes, principalmente quando estes fazem uso regular dos antirretrovirais e são acompanhados ambulatorialmente.
BACKGROUND: Vitamin D is evidenced due to its relation with the promotion of a better quality of life, including in patients with human immunodeficiency virus, attributed mainly to its performance in the immune system. OBJECTIVES: To verify serum levels of vitamin D and its association with clinical and nutritional factors in patients with human immunodeficiency virus. METHODS: A cross-sectional descriptive study, conducted between May and December 2018, in an infectious disease outpatient clinic in Recife, Brazil with patients aged 18 years and over diagnosed with HIV who had vitamin D levels measured in the last year. Data such as age, gender, time of diagnosis of the infection, antiretroviral medications, comorbidities, and form of virus transmission were collected. For nutritional evaluation, weight, height, body mass index, triceps skinfold, arm circumference and arm circumference were measured. The following biochemical tests were also registered: differentiation cells 4, viral load and lipid profile. For the statistical analysis, the SPSS Program version 13.0 was used. The project was approved by the Research Ethics Committee for humans, obtaining CAAE No. 76950417.9.0000.52.01. RESULTS: The sample consisted of 64 patients. Vitamin D insufficiency was found in 35.9% of the participants. According to the body mass index, half of the sample was overweight. While, by the other anthropometric parameters, there were different classifications. Most of the participants had good levels of differentiation 4 cells, viral load and lipid profile within the reference values. There was no significant association between hypovitaminosis D and the independent variables analyzed. CONCLUSION: It was concluded that vitamin D deficiency in this population may be common, as well as being overweight, showing that malnutrition does not always prevail as a nutritional diagnosis in these patients, especially when they take regular antiretrovirals and are followed up outpatient.