Brasil
Introdução: Os danos nos nervos periféricos contribuem para a instalação das incapacidades físicas na hanseníase, levando a estigma social e sofrimento. Objetivou-se analisar a associação entre as variáveis clínicas e os graus de incapacidade física em casos novos de hanseníase. Materiais e Métodos: Estudo transversal e analítico, realizado na Unidade de Referência em hanseníase do Estado do Pará-Brasil. Os dados foram obtidos em 323 prontuários de pacientes diagnosticados com hanseníase, no período de 2005-2014. Para verificar a força de associação entre as variáveis utilizou-se o cálculo da Razão de Prevalência (RP). Resultados: O percentual de Grau 1 e 2 de incapacidades físicas somou 28,1% e as variáveis clínicas que tiveram associação à sua instalação foram: ser multibacilar (RP=7,2); ter baciloscopia positiva (RP= 2,0); apresentar episódios reacionais (RP=2,4); e possuir 4 ou mais nervos afetados (RP=17). Discussão: O predomínio da forma clínica contagiosa e potencialmente incapacitante aumenta o risco de reações e comprometimento neural, levando às incapacidades. Conclusões: São necessárias ações mais efetivas para o diagnóstico precoce e redução das incapacidades, bem como, potencializar a capacidade operacional da atenção básica para fortalecimento das ações do programa de hanseníase.Como citar este artigo: Silva JSR, Palmeira IP, Sá AMM, Nogueira LMV, Ferreira AMR. Variáveis clínicas associadas ao grau de incapacidade física na hanseníase. Rev Cuid. 2019; 10(1): e618. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v10i1.618