Renatha Cristina Fialho do Carmo Martins, Wendel Coura Vital, Joana Ferreira do Amaral, Ana Carolina Pinheiro Volp
Introduction: Patients admitted to the intensive care unit (ICU) are more prone to caloric-protein losses during their stay, which significantly impairs recovery and consequently delays in hospital discharge, as well as an increase in the mortality rate. For this, the literature has several methods and tools for assessing nutritional status to identify patients at nutritional or malnourished risk. Objective: To evaluate the nutritional profile of individuals hospitalized in an intensive care unit based on objective and subjective methods. Methodology: A cross-sectional study with 328 patients admitted to the ICU. To evaluate the nutritional status, we obtained anthropometric objectives such as body mass index (BMI), tricipital skinfold (DCT), arm circumference (CB) and arm muscle (CMB) and subjective data such as global subjective assessment (ANSG), Nutritional risk assessment 2002 (NRS 2002) and nutritional risk index (NRI). Results: Of the 328 patients evaluated, 55.5% were males, with a mean age of 61.4 ± 18.8 years. There was a higher frequency of patients over 60 years (62.5%) and patients with cerebrovascular accident (14.3%). In the objective method, it was observed that 46.0% and 65.2% of the patients were eutrophic by BMI and CMB, respectively, and 56.4% and 38.2% were malnourished by DCT and CB. The subjective methods identified a high frequency of nutritional risk and malnutrition by NRS 2002 and IRN. At ANSG, half of the patients were well nourished. Conclusions: The use of different objective and subjective methods of nutritional assessment are able to identify the nutritional profile of patients hospitalized in ICU, and it is important to apply them concomitantly as it contributes by complementing information to a Better and real nutritional diagnosis, since, for these patients considered critical, there are no methods considered “gold standard” to evaluate nutritional status in an intensive care situation.
Introdução: Pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) são mais propensos às perdas calórico-proteicas durante sua permanência, o que interfere significativamente na recuperação e consequentemente demora para a alta hospitalar, bem como aumento da taxa de mortalidade. Para isso, a literatura dispõe de vários métodos e ferramentas de avaliação do estado nutricional para identificar pacientes em risco nutricional ou desnutridos. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional de indivíduos internados em uma unidade de terapia intensiva a partir de métodos objetivos e subjetivos. Metodologia: Estudo transversal com 328 pacientes admitidos na UTI. Para avaliar o estado nutricional, foram obtidos dados objetivos antropométricos como índice de massa corporal (IMC), dobra cutânea tricipital (DCT), circunferência do braço (CB) e muscular do braço (CMB) e dados subjetivos como avaliação subjetiva global (ANSG), avaliação do risco nutricional 2002 (NRS 2002) e do índice do risco nutricional (IRN). Resultados: Dos 328 pacientes avaliados, 55,5% eram do sexo masculino, com idade média de 61,4 ± 18,8 anos. Houve maior frequência de pacientes acima de 60 anos (62,5%) e de pacientes com acidente vascular encefálico (14,3%). No método objetivo, foi observado que 46,0% e 65,2% dos pacientes estavam eutróficos pelo IMC e CMB, respectivamente e 56,4% e 38,2% desnutridos pela DCT e pela CB. Os métodos subjetivos, identificaram elevada frequência de risco nutricional e desnutrição pela NRS 2002 e pelo IRN. Já na ANSG, metade dos pacientes estavam bem nutridos. Houve maior semelhança entre os diagnósticos da ANSG com as medidas antropométricas. Conclusão: A utilização dos diferentes métodos objetivos e subjetivos de avaliação nutricional são capazes de identificar o perfil nutricional dos pacientes internados em UTI, sendo importante aplicá-los concomitantemente pois contribui complementando informações para um melhor e real diagnóstico nutricional, uma vez que, para esses pacientes considerados críticos, não existem métodos considerados “padrão ouro” para avaliar o estado nutricional em situação de terapia intensiva.