Introdução: A AIDS ainda é uma doença com uma elevada taxa de óbitos, devendo os profissionais que atuam principalmente nos serviços de internamento estarem aptos a cuidar dos pacientes soropositivos, assim como estarem preparados para as perdas. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi compreender as perspectivas de enfermeiros em relação ao processo de morte e morrer de pessoas que vivem com HIV/AIDS. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, qualitativo, desenvolvido com 41 enfermeiros que atuavam em serviços de Infectologia na cidade de Recife, Brasil. Realizou-se uma entrevista semiestruturada e os dados foram analisados pela técnica de análise de conteúdo. Resultados: Para os enfermeiros, foi possível perceber que a morte é representada por conceitos ligados à ideia de finitude, passagem e dúvida. Observou-se que processo de morte/morrer de pessoas com AIDS está permeado pela não aceitação da doença, assim como a falta de adesão ou o uso indevido da terapia antirretroviral, e ainda a comportamentos de riscos, aumentando a probabilidade do paciente sucumbir à doença ou desencadear infecções oportunistas. Discussão: Tal situação reflete nos enfermeiros sentimentos de tristeza quando ao se depararem com a perda de seus pacientes. Conclusões: Os enfermeiros demonstram ter esperança que o paciente vai se estabilizar e ter uma melhora no estado geral, e, consequentemente, continuar o tratamento, porém, quando isto não acontece, devem estar preparados para lidar com este momento de dor e perda.