Resumen: En Latinoamérica, a partir del reconocimiento de los Pueblos Indígenas, la identificación de brechas o disparidades entre la población Indígena y no Indígena ha emergido como un interés investigativo. Con este fin, capturar la identidad Indígena es clave para conducir algunos análisis. Sin embargo, los contextos sociales donde se (re)produce la identidad de las personas Indígenas han sido alterados significativamente. Dichos cambios son producidos por la asimilación o integración de las comunidades Indígenas a las culturas nacionales dominantes. En este contexto emergen limitaciones en el uso de esta categoría, puesto que la identidad Indígena tendría un componente político y legal relacionado con las necesidades de los gobiernos. Por lo tanto, una reflexión crítica sobre el uso de la identidad Indígena es necesaria en los enfoques epistemológicos y metodológicos de investigación. Este artículo argumenta que la investigación sobre pueblos Indígenas debería evaluar el cómo es incluida la identidad Indígena, porque ésta es socialmente co-producida en la interacción con el Estado y sus instituciones. De esta forma, ella no necesariamente podría constituir una variable explicativa. A través del análisis de discursos acerca de personas y comunidades Indígenas Aymaras que han emergido en la frontera norte de Chile busco exponer las lógicas empleadas para definir la identidad. Se concluye, entonces, que paulatinamente el proceso de auto-identificación emerge en supuestos Indígenas constituidos y/o reforzados por las instituciones, los cuales deberían ser revisados desde un enfoque descolonizado para ser incluidas en investigaciones comparativas.
Resumo: Na América Latina, a partir do reconhecimento dos Povos Indígenas, a identificação de lacunas ou disparidades entre a população indígena e não-indígena surgiu como interesse de pesquisa. Com essa finalidade, resgatar a identidade indígena é chave para conduzir algumas análises. No entanto, os contextos sociais onde a identidade das pessoas indígenas se (re)produz foram alterados significativamente. Essas mudanças são produzidas pela assimilação ou integração das comunidades indígenas às culturas nacionais dominantes. Nesse contexto, surgem limitações no uso dessa categoria, uma vez que a identidade indígena teria um componente político e legal relacionado com as necessidades dos governos. Portanto, uma reflexão crítica sobre o uso da identidade indígena é necessária nos enfoques epistemológicos e metodológicos de pesquisa. Este artigo argumenta que a pesquisa sobre os povos indígenas deveria avaliar como é feita a inclusão da identidade indígena, que é socialmente coproduzida na interação com o Estado e suas instituições. Desse modo, ela não necessariamente poderia constituir uma variável explicativa. Através da análise do discurso sobre pessoas e comunidades indígenas Aymara que surgiu na fronteira norte do Chile busco expor as lógicas utilizadas para definir a identidade. Conclui-se, então, que paulatinamente o processo de auto-identificação emerge em supostos indígenas constituídos e/ou reforçados pelas instituições, os quais deveriam ser revisados a partir de um enfoque descolonizado para inclui-los em pesquisas comparativas.
Summary: In Latin America, based on the recognition of Indigenous Peoples, the identification of gaps or disparities between the Indigenous and non-Indigenous population has emerged as a new research interest. To this end, capturing Indigenous identity is key to conducting certain analyses. However, the social contexts where the identity of Indigenous persons are (re)produced has been significantly altered. These changes are generated by the assimilation or integration of Indigenous communities into dominant national cultures. Within this context, limitations emerge in the use of this category, since Indigenous identity has a political and legal component related to the needs of the government. Therefore, critical thought on the use of Indigenous identity is necessary in an epistemological and methodological approach to research. This article argues that research about Indigenous Peoples should evaluate how Indigenous identity is included, for it is socially co-produced through the interaction of the State and its institutions. Thus, it would not necessarily constitute an explicative variable. By analyzing the discourse about Aymara Indigenous communities that has emerged in the northern border of Chile, this paper seeks to expose the logic used to define identity. Therefore, I conclude that the process of self-identification arises in supposed Indigenous people, built and/or reinforced by institutions, which should be reviewed from a decolonizing perspective and included in comparative research.