Fábia Morgana Rodrigues da Silva Dias, Edynara Cristiane De Castro Azevedo, Maria Lucicleide Falcao de Melo Rodrigues, Pedro Israel Cabral de Lira, P. Coelho Cabral
Introduction: The body weight perception is an important component of body image and can show how the people see themselves, the anxiety and the satisfaction with the weight. The body weight perception can be influenced for several factors, as culture, age, sex and educational level. Objective: Identify association between nutritional status and food consumption with self-perception of body weight of employees of a public university in Recife. Methods: Two hundred and sixty seven employees were assessed trough a questionnaire that addressed demographics, socioeconomics, dietetics and life style variables, beyond anthropometric assessment and perception of body weight. Results: About 60% of the sample studied had overweight and, among them, almost 20% was obese, but there wasn’t difference between sexes. In relation to body weight perception, 38,0%and 9,7%of the men and 41,2%and 22,9%of the women perceived themselves as overweight and obese, respectively (p=0,0035). When nutritional status was compared with the perception, only among men there was difference (p=0,0049), with weight underestimation. Regarding food consumption, the women who perceived themselves as overweight responded more recommendations for fat and sugar than those who had a diagnosis. Moreover, women consumed more food to compensate sad moments than men. Discussion and Conclusions: The overweight and obesity are public health problem in Brazil. The weight underestimation decrease the perception of the people about the necessity and adherence of treatment of overweight and the consumption of food to compensate sad moments help to keep the obesity. Therefore, interventions considering the perception of weight are essential to decrease the overweight, distribution of risk of body fat and use of food to compensate sad moments.
Introdução: A autopercepção do peso corporal é uma importante dimensão da imagem corporal e pode revelar como a pessoa vê seu próprio peso, as preocupações e a satisfação a ele relacionadas. Ela pode sofrer influência de diversos fatores, como cultura, idade, sexo e nível de escolaridade. Objetivo: Identificar a associação do estado nutricional e do consumo alimentar com a autopercepção do peso corporal de funcionários de uma universidade pública de Recife. Métodos: A amostra foi composta por 267 funcionários, avaliados por meio de questionário que abordou aspectos demográficos, socioeconômicos, dietéticos e de estilo de vida, além da avaliação antropométrica e da percepção do peso corporal. Resultados: Cerca de 60% da amostra apresentaram excesso de peso, dentre os quais, quase 20% eram obesos, sem diferença entre os sexos. Quanto à percepção do peso, 38,0% e 9,7% dos homens e 41,2% e 22,9% das mulheres se perceberam como acima do peso e muito acima do peso, respectivamente (p=0,0035). Quando se comparou o estado nutricional e a percepção do peso, só entre os homens houve discordância (p=0,0049), com subestimação do peso. Em relação ao consumo alimentar, as mulheres que se percebiam com excesso de peso atenderam mais às recomendações de gorduras e açúcares do que as diagnosticadas. Além disso, as mulheres consumiam mais alimentos para compensar momentos tristes do que os homens. Discussão e Conclusões: O sobrepeso e obesidade constituem um problema de saúde pública em acordo com os resultados das pesquisas populacionais brasileiras. A subestimação do peso dificulta a percepção do sujeito sobre a necessidade de tratamento do excesso de peso e a adesão ao mesmo enquanto o uso de alimentos para compensar momentos tristes colabora para manutenção desse excesso. Logo, intervenções que considerem a percepção do peso corporal são essenciais para diminuir a prevalência de excesso de peso e da distribuição de risco de gordura corporal assim como o consumo de alimentos compensatórios