Lusyanny Parente Albuquerque, Ana Carolina Montenegro Cavalcante, Paulo Cézar De Almeida, Mariana De Magalhães Carrapeiro
Objetivo: Relacionar a obesidade com o comportamento alimentar e o estilo de vida de escolares. Métodos: Realizou-se um estudo transversal com 68 escolares de 7-9 anos de idade, matriculados em uma escola pública de Fortaleza -CE. Foi aplicado um formulário semiestruturado composto por quatro partes: dados pessoais, dados antropométricos, comportamento alimentar e estilo de vida. Segundo o índice IMC/I os escolares foram classificados em sobrepeso, obesidade e obesidade grave de acordo com os padrões da Organização Mundial de Saúde. O comportamento alimentar foi classificado em insuficiente, adequado e excessivo de acordo com as porções recomendadas pela pirâmide alimentar da criança. O estilo de vida foi investigado pela prática de atividade física, atividade sedentária e hábito de comer assistindo televisão. Resultados: Foi verificado elevada frequência de obesidade, segundo IMC/I, (55,9%) e inatividade física (69,1%); além do consumo insuficiente de frutas, hortaliças (100,0%), leite e derivados (91,2%); consumo excessivo de óleos (30,9%), açúcares (44,1%) e refrigerante e/ou suco de caixinha (75,0%). Foi realizada análise estatística para verificar associação entre as variáveis (Teste do Qui-quadrado ou Exato de Fisher) considerando o nível de significância menor do que 5%. Não foi observada diferença significativa entre os graus de excesso de peso, o comportamento alimentar e o estilo de vida. Conclusão: Não houve associação significativa entre a obesidade, o consumo alimentar e estilo de vida. Os resultados encontrados caracterizaram uma amostra de escolares com maior prevalência de obesidade do que de sobrepeso, inadequação do consumo alimentar e inadequado estilo de vida. Visto que tais crianças já estão com excesso de peso que somado ao inadequado comportamento alimentar e inatividade física resultam em consequências nocivas, tanto em curto quanto em longo prazo, para a saúde das mesmas.
Objective: To relate overweight with students’ eating habits and lifestyle. Methods: A transversal study was done with 68 students with 7-9 years old of public school in FortalezaCE. A registration form with 4 parts was applied: personal information, anthropometric data, eating habits and lifestyle. According to BMI/A, the students were classified as overweight, obese and extreme obesity, considering the patterns of World Health Organization (WHO). Eating habits were classified as insufficient, appropriate and extreme, according to the portions recommended by children’s pyramid. Lifestyle was investigated, considering physical activity, sedentary lifestyle and the habit of eating in front of television. Results: It was observed a high frequency of obesity, according to BMI/A (55,9%), lack of physical activity (69,1%), insufficient consumption of fruit and vegetables (100%), milk and milk derivates, high con sumption of oil (30,9%), sugar (44,1%), soda and/or box of juice (75%). Statistical analysis was performed to assess the association between variables (chi-square test or Fisher’s Exact) considering the significance level of 5%. There was no significant difference between the degree of excess weight, eating habits and lifestyle. Conclusion: It was not observed a significant difference between overweight, eating habits and lifestyle. The students were classified, in general, as obese, instead of overweight, which means an inappropriate food consumption and lifestyle. This discovery is considered worrying, since these children are overweight. This, combining with eating habits and lack of physical activity, results in harmful consequences in short and long term in their health.