Luana Araújo dos Reis, Nadirlene Pereira Gomes, Luciana Araújo dos Reis, Tania Maria de Oliva Menezes, Telmara Menezes Couto, Aline Cristiane de Souza Azevedo Aguiar, Margarida da Silva Neves de Abreu
Objetivo: compreender a relação familiar da pessoa idosa com comprometimento da capacidade funcional. Materiais e métodos: estudo exploratório e descritivo de abordagem qualitativa, fundamentado no método da história oral, realizado com 15 pessoas idosas assistidas por uma unidade de saúde da família, residentes com familiares e que apresentavam comprometimento da capacidade funcional. Os dados foram coletados no período de março a abril de 2012, por meio de entrevistas em profundidade. As categorias temáticas foram: bom relacionamento familiar, mudanças na relação familiar, sentindo-se um incômodo para a família, sentindo-se abandonadopela família. Resultado: o estudo revelou que as pessoas idosas com comprometimento da capacidade funcional vivenciam sentimentos variados, que vão desde a alegria, por serem respeitadas e terem suas necessidades atendidas, à tristeza e revolta, pela adaptação negativa da família e o abandono dos filhos. Conclusão: a relação familiar da pessoa idosa passa por reajustes após o comprometimento da capacidade funcional, o que repercute significativamente na dinâmica das relações. A partir dessa compreensão, os profissionais de saúde, sobretudo de enfermagem, devem reconhecer os desafios enfrentados pela família, orientá-la e capacitá-la para o atendimento às demandas de cuidado apresentadas pela pessoa idosa com comprometimento da capacidade funcional, e favorecer a realização do cuidado sem que haja desgaste das relações. DOI: 10.5294/aqui.2015.15.3.7