Francisca Leide da Silva Nunes, Patrícia Calado Ferreira Pinheiro Gadelha, Milena Damasceno de Souza Costa, Ana Carolina Ribeiro de Amorim, Karla Vanessa Gomes de Lima, Maria da Guia Bezerra da Silva
Introduction: Surgical patients are exposed to prolonged perioperative fasting can aggravate the metabolic response to trauma. Objective: To identify the pre fasting period and after surgery and associate the incidence of postoperative complications and length of hospital stay in patients undergoing surgery of the gastrointestinal tract and abdominal wall. Methods: This is a prospective observational study of hospitalized surgical patients from April to October 2013. It was considered the preoperative fasting time difference (in hours) of the last meal accomplished at the beginning of the surgical procedure. Postoperative fasting was recorded from the difference (in hours) between the end of the surgical procedure and the diet restart. Operations were divided into size I (operations involving abdominal wall and laparotomy without opening handles and/or manipulation of the bile ducts) and size II (operations involving laparotomy with open handles and/or manipulation of the bile ducts). Postoperative complications assessed for a period of 30 days after surgery. The time (in days) of postoperative hospital stay was calculated as the difference between the date of discharge and the date of surgery. For data analysis we used the statistical software Sigma Stat 13.0, using the confidence level of 95%. Results: There was no difference in median preoperative fasting time between the size of the surgeries I and II. Patients who underwent surgery sized II stayed longer in postoperative fasting (p <0.001) and in hospital longer (p <0.001). There was a higher percentage of complications in the size surgeries II (p = 0.001). Discussion: Nutrition both pre and post-operative has an important role, reducing organic response to stress and interfering significantly to patient outcomes. Conclusion: Preoperative fasting time was higher than the one from multimodal protocols of fasting abbreviation, regardless of surgical size. The extended perioperative fasting time may favor the increased length of hospital stay.
Introdução: Pacientes cirúrgicos são expostos a jejum perioperatório prolongado podendo agravar a resposta metabólica ao trauma. Objetivo: identificar o tempo de jejum pré e pósoperatório e associar à incidência de complicações pós-operatórias e tempo de internamento em pacientes submetidos a cirurgias do trato gastrointestinal e de parede abdominal. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo observacional realizado com pacientes cirúrgicos internados no período de abril a outubro de 2013. Considerou-se o tempo de jejum pré-operatório a diferença (em horas) da última refeição realizada até o início do procedimento cirúrgico. O jejum pós-operatório foi contabilizado a partir da diferença (em horas) entre o final do procedimento cirúrgico e o reinício da dieta. As operações foram divididas em porte I (operações envolvendo parede abdominal e laparotomias sem abertura de alças e/ou manipulação de vias biliares) e porte II (operações envolvendo laparotomias com abertura de alças e/ou manipulação de vias biliares). As complicações pós-operatórias avaliadas por um período de até 30 dias após o procedimento cirúrgico. O tempo (em dias) de internação pós-operatória foi calculado pela diferença entre a data da alta e a data da cirurgia. Para análise dos resultados utilizou-se o programa estatístico Sigma Stat 13.0, empregando-se o nível de confiança de 95%. Resultados: Não houve diferença nas medianas do tempo de jejum pré-operatório entre as cirurgias do porte I e II. Os pacientes que realizaram cirurgia do porte II permaneceram mais tempo em jejum pós-operatório ( p<0,001) e por mais tempo internados (p<0,001). Houve maior percentual de complicações nas cirurgias do porte II ( p= 0,001). Discussão: A nutrição tanto no pré como no pósoperatório tem papel relevante, diminuindo a resposta orgânica ao estresse e interferindo de maneira significativa na evolução dos pacientes. Conclusão: O tempo de jejum pré-operatório foi superior ao preconizado pelos protocolos multimodais de abreviação do jejum, independente do porte cirúrgico. O tempo de jejum perioperatório alargado pode favorecer ao aumento do tempo de permanência hospitalar.