Brasil
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Objective: To identify the differences in the dietary habits of older adults from two cities of distinct regions of Brazil and to analyze the socio-demographic factors associated with adequate dietary habit. Method: Cross-sectional study, population-based household survey. A total of 793 persons (≥60 years) from southern and northeastern regions were evaluated. The dietary habits was obtained by daily consumption of milk, cheese or other dairy products; consumption of eggs, beans or pulses (once a week); consumption of meat, fish or poultry (3 times/week); consumption of vegetables, grains and fruits (4 times or more/week); number of glasses or cups of fluid ingested (>5 cups/day). The adequate dietary habit (principle category of analysis) were ranked when there was reference to the consumption of all the food groups. Results: Older adults from the southern region showed a greater consumption of most food group (except the consumption of eggs, beans or lentils) and rate of adequate dietary habits than older adults from the northeast. The Poisson regression models showed that the potential socio-demographic determinants of adequate dietary habits were younger subjects (southern) and higher schooling (in both municipalities). Discussion: These factors suggest the existence of a relationship between lower adequacy in dietary habits and poorer socioeconomic indicators. The sociodemographic inequalities in Brazil still affect dietary habits. Conclusion: Older adults from regions with better socio-demographic indicators are more likely to present a higher prevalence in consumption of the investigated food. Literacy stands out as a potential indicator of adequate dietary habits for older adults, regardless of the region investigated
Objetivo: Verificar as diferenças nos hábitos alimentares entre os idosos de duas cidades de regiões distintas do Brasil e os fatores sociodemográficos associados ao hábito alimentar adequado. Método: Estudo transversal, populacional de base domiciliar. Foram entrevistados 793 idosos (≥ 60 anos) das regiões sul e nordeste. O hábito alimentar foi verificado por meio de questões relacionadas à frequência alimentar: consumo diário de leite, queijo ou outros produtos lácteos; consumo de ovos, feijão ou leguminosas (1vez/ semana); consumo de carne, peixe ou aves (3 vezes / semana); consumo de verduras, legumes e frutas (4 vezes ou +/semana); número de copos ou xícaras de líquido ingeridos (>5 copos/dia). Foi considerado hábito alimentar adequado (categoria principal de análise) quando houve referência à ingestão de todos os grupos de alimentos. Resultados: A prevalência do consumo da maioria dos grupos de alimentos (exceto o consumo de ovos, feijão ou lentilhas) e do hábito alimentar adequado foi maior entre os idosos do sul. Os modelos de regressão de Poisson permitiram identificar que a menor idade (no sul) e a melhor escolaridade (ambos os municípios) foram os potenciais determinantes sociodemográficos do hábito alimentar adequado. Discussão: Os resultados reforçam a ideia de que diferentes contextos socioeconômicos, ambientais e culturais podem ter influência direta sobre os hábitos alimentares de diferentes populações. As desigualdades sociodemográficas do Brasil ainda afetam o hábito alimentar. Conclusão: Idosos de região com melhores indicadores sociodemográficos são mais propensos a apresentar maior prevalência no consumo dos alimentos investigados. O fato de saber ler e escrever destaca-se como potencial indicador do hábito alimentar adequado nos idosos, independente da região investigada