S. Sanches Marins, M. Andrade Rezende
En marzo de 2006, existían 5.588.153 de niños entre 4 y 6 años de edad matriculados en escuelas de preescolar en Brasil. Lamentablemente, sólo el 3.8% de esas instituciones tiene un profesional de salud y, además, no existe una relación efectiva entre esas instituciones y el Sistema de Salud en el país. Los primeros cinco años de vida son cruciales en el desarrollo de hábitos alimentares sanos y, consecuentemente, en la prevención de enfermedades degenerativas en la fase adulta, y también de la obesidad.
Objetivo: Identificar y analizar las percepciones y prácticas maternas sobre la alimentación de niños de 3 a 6 años que frecuentaban una preescuela brasileña.
Material y Método: Estudio cualitativo con entrevistas a fondo, individuales y no directivas, involucrando a madres de preescolares, donde los criterios para inclusión fueron: edad del niño entre 3 y 6 años; mínimo de 1 año de preescuela y peso del niños entre los percentiles 10 y 90 (gráficos NCHS). 21 madres fueron entrevistadas: 10 cuyos hijos estaban matriculados en el período integral y 11 en el período parcial. Para el análisis de los datos, fueron utilizados los métodos del Análisis Temático de Contenido, propuesto por Bardin.
Resultados: La alimentación es tema de gran preocupación para las madres. La principal dificultad se refiere a los cambios propios del desarrollo infantil: No saben lidiar con esos cambios y, así, usan varias estrategias perjudiciales, tales como cambalache, insistencia, castigo y coerción, además de camuflar o mezclar los alimentos recusados con los aceptados. Las madres en este estudio tampoco sabían cómo eran los momentos de alimentación en la preescuela, aunque 15 de los 21 niños mejoraron la conducta alimentaria después de frecuentar la institución (autonomía, mejora en el hábito alimentario y estandarización en los horarios de las comidas), especialmente los niños de período integral.
Conclusión: Las preescuelas brasileñas deberían implementar programas de salud en colaboración con el Sistema Único de Salud.
Introduction: In March, 2006, there were 5,.588,.153 children aged 4 to 6 years enrolled in Brazilian pre-schools. Unfortunately only 3.8% of these institutions have a health professional, in addition to which, the relationship between the pre-schools and the Health System is poor. The first 5 years of life are crucial in the development of good eating habits, and consequently, for preventing degenerative illnesses in later life, such as obesity.
Objective: The aim of this study is to identify and analyze maternal perceptions and practices concerning the eating behaviors of children aged 3 to 6 years attending a Brazilian pre-school.
Material and methods: A qualitative survey was carried out using individual, non-directive interviews. 21 mothers were interviewed: 10 with children enrolled in full-time classes and 11 with children in part-time classes. In terms of height and weight, the children were between the 10 and 90 percentile (NCHS standard). For data analysis we used the method of Thematic Content Analysis, as proposed by Bardin.
Results: Diet is an issue of major concern for these mothers. The main difficulty is child development: they do not know how to deal with it. Therefore, they use harmful strategies, such as bargaining, coercion, disguising food, and punishment. Also, they do not know how food is served in the pre-school. However, 15 of the 21 children improved their eating behavior after attending the institution (autonomy, regular meal times, and better meal choices), particularly twhose attending the pre-school on a full-time basis.
Conclusion: Brazilian pre-schools ought to implement health programs in partnership with the SUS (Unified Health System) - the Brazilian national health system.
Introdução: Em Março de 2006, existiam 5.588.153 crianças de 4 a 6 anos matriculadas em pré-escolas no Brasil. Infelizmente, apenas 3.8% dessas instituições têm um profissional da saúde e, adicionalmente, não existe relação efetiva entre essas instituições e o Sistema de Saúde no país. Os primeiros cinco anos de vida são cruciais no desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis e, consequentemente, na prevenção de doenças degenerativas na fase adulta, assim como a obesidade.
Objetivo: identificar e analisar as percepções e práticas maternas sobre a alimentação de crianças de 3 a 6 anos que frequentavam uma pré-escola brasileira.
Material e Método: estudo qualitativo com entrevistas aprofundadas, individuais e não-diretivas, realizado com mães de pré-escolares, onde os critérios para inclusão foram: idade da criança entre 3 e 6 anos; tempo de frequência à pré-escola de, no mínimo 1 ano e peso da criança entre os percentis 10 e 90 (gráficos NCHS). Vinte e uma mães foram entrevistadas: 10 cujos filhos estavam matriculados no período integral e 11 no período parcial. Para a análise dos dados, foram utilizados os métodos da Análise Temática de Conteúdo, proposta por Bardin.
Resultados: a alimentação é assunto que causa preocupação e dificuldades para as mães, devido as mudanças peculiares ao desenvolvimento infantil. Devido a isto usam diversas estratégias negativas para tentar modificar o comportamento alimentar dos filhos, sendo elas: barganha, insistência, castigo e coação, além de misturar ou camuflar os alimentos recusados com os aceitos. Além disto, as mães não tinham informações sobre a alimentação na pré-escola. No entanto, 15 das 21 crianças melhoraram o comportamento alimentar depois de começarem a frequentar a instituição. Ficaram mais autônomas, passaram a aceitar novos alimentos e padronizaram os horários das refeições. As mudanças foram mais evidentes nas crianças que frequentam a pré-escola período integral (de 8 a 9.5 horas por dia).
Conclusão: as mães não sabem lidar, no domicílio, com as peculiaridades de desenvolvimento dos filhos na área de alimentação. Além disto, desconhecem seus comportamentos alimentares na pré-escola, onde há melhoras em comparação com o domicílio. Sugere-se melhorar a comunicação entre famílias e pré-escola, além de parceria entre estas e o sistema público de saúde.