Brasil
Objective: to identify the prevalence of depressive symptoms and associated factors among nursing professionals. Methods: a cross-sectional and analytical study was conducted online with 592 nursing professionals from two federal university hospitals. Participants answered questions on sociodemographic, health, and behavioral characteristics, the work process, and the Patient Health Questionnaire-9. Descriptive statistics, chi-square tests, and the Poisson model with robust variance were used for data analysis. Results: the prevalence of depressive symptoms was 23.8%. Factors associated with a higher prevalence of the outcome: female gender, former smoking, poor/destitute sleep quality, use of psychotropic drugs, history of child abuse/aggression, repetitive work, violence at work, and desire to change profession. Factors associated with a lower prevalence of the outcome: age between 41 and 68 years, good self-perceived health, and reasonable assessment of supervision at work. Conclusion: the associations suggest that, in addition to individual aspects, depressive symptoms may be related to the nursing work process. Contributions to practice: identifying the associated factors will help managers and nursing teams implement individual and collective change actions, emphasizing self-care, interpersonal relationships, ethics, satisfaction, and appreciation of the profession.
Objetivo: identificar a prevalência de sintomas depressivos e os fatores associados entre profissionais de enfermagem. Métodos: estudo transversal e analítico, realizado on-line com 592 profissionais de enfermagem de dois hospitais universitários federais. Os participantes responderam a questões sociodemográficas, de saúde, comportamentais, sobre o processo de trabalho e ao instrumento Patient Health Questionnaire-9. Para a análise de dados, foram utilizados testes de estatística descritiva, Qui-quadrado e o modelo de Poisson com variância robusta. Resultados: a prevalência de sintomas depressivos foi de 23,8%. Fatores associados à maior prevalência do desfecho: sexo feminino, ex-tabagismo, qualidade do sono ruim/muito ruim, uso de psicofármacos, histórico de abuso/agressão infantil, trabalho repetitivo, violência no trabalho e desejo de trocar de profissão. Fatores associados à menor prevalência do desfecho: idade entre 41 e 68 anos, boa autopercepção de saúde e boa avaliação da supervisão no trabalho. Conclusão: as associações sugerem que, além dos aspectos individuais, os sintomas depressivos podem estar relacionados ao processo de trabalho na enfermagem. Contribuições para a prática: a identificação dos fatores associados ajudará gestores e equipes de enfermagem a implementar ações de mudanças, tanto individuais quanto coletivas, com ênfase na autoatenção, relações interpessoais, ética, satisfação e valorização da categoria.