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Ronaldo Antônio da Silva, Camila Silva Costa
, Karinna Teixeira Rocha, Érica Baggio, Karina Nonato Mocheuti
Objetivo: descrever os fatores que influenciam o comportamento de automutilação na perspectiva de adolescentes do sexo feminino. Métodos: estudo qualitativo, realizado com cinco adolescentes atendidas em Centro de Atenção Psicossocial de modalidade I. Utilizou-se a triangulação dos dados a partir das técnicas de entrevista individual semiestruturada, observação e análise documental. Os dados empíricos oriundos da análise documental, as transcrições das entrevistas com as narrativas na íntegra e os registros de observação foram organizados no Diário de Pesquisa e submetidos à análise de conteúdo. Resultados: constatou-se que situações vivenciadas na infância no âmbito familiar, como rejeição, abandono, violências e distanciamento paterno, juntamente com o sofrimento mental manifestado na adolescência, foram evidenciados como fatores que influenciam a automutilação. Conclusão: observou-se aumento da preocupação com o desenvolvimento emocional da criança e os reflexos manifestados na adolescência, bem como com a contribuição do contexto familiar neste processo. Contribuições para a prática: os fatores influenciadores da automutilação devem ser considerados e abordados pela equipe de enfermagem, a fim de proporcionar uma assistência de qualidade e efetiva. Isso inclui a implementação de ações de promoção da saúde mental, prevenção de transtornos psicossomáticos e redução do sofrimento mental observado neste público-alvo.
Objective: to describe the factors that influence self-mutilation behavior from the perspective of female adolescents. Methods: a qualitative study was conducted with five adolescent girls attending a modality I Psychosocial Care Center. Data was triangulated using the techniques of individual semi-structured interviews, observation, and documentary analysis. The empirical data from the documentary analysis, the transcripts of the interviews with the full narratives, and the observation records were organized in the Research Diary and subjected to content analysis. Results: it was found that situations experienced in childhood in the family environment, such as rejection, abandonment, violence, and paternal distancing, together with the mental suffering manifested in adolescence, were shown to be factors influencing self-mutilation. Conclusion: there was an increase in concern about the emotional development of children and the repercussions manifested in adolescence, as well as the contribution of the family context in this process. Contributions to practice: the factors influencing self-harm must be considered and addressed by the nursing team in order to provide quality and effective care. This includes the implementation of actions to promote mental health, prevent psychosomatic disorders, and reduce the mental suffering observed in this target group.
